Definição eficaz de limites e redirecionamento

Definição eficaz de limites e redirecionamento

Quando não conseguir obter a obediência que espera das suas crianças, lembre-se de que todas as crianças põem à prova as regras e as ordens dos educadores. Isto acontece especialmente se os educadores tiverem sido inconsistentes em situações anteriores e não tiverem reforçado as regras. Esteja preparado para ser posto à prova; só depois de terem quebrado uma regra é que as crianças aprendem que ela é mesmo para aplicar.

As consequências consistentes pelos comportamentos perturbadores irão ensinar as crianças que o que se espera é o bom comportamento. A investigação demonstra que as crianças em geral desobedecem às ordens dos educadores cerca de um terço das vezes e que as crianças difíceis têm níveis de desobediência mais elevados (Forehand & McMahon, 1981). As crianças mais novas podem discutir, gritar ou ter acessos de raiva quando são impedidas de realizar uma atividade que desejam.

Também as crianças em idade escolar podem discutir, dizer palavrões ou protestar quando lhes é negado um objeto ou uma atividade. É um comportamento normal e uma expressão saudável da necessidade que a criança tem de independência e autonomia. Quando estes protestos ocorrerem, não os interprete como ataques pessoais.

Lembre-se, as crianças estão apenas a pôr à prova as suas regras para verem se será consistente. Se for inconsistente, elas irão, provavelmente, pô-lo à prova de um modo mais insistente da próxima vez. Tente pensar nos protestos das suas crianças como experiências de aprendizagem, formas através das quais elas podem explorar os limites do ambiente que os envolve e aprender a distinguir os comportamentos apropriados dos que não o são.

Contudo, também é possível que uma parte da justificação para a desobediência resida na forma como as regras ou instruções são formuladas. As instruções que são vagas, como “Acalmem-se” ou “Mostrem-me que estão prontos” são difíceis de entender, porque não dizem à criança qual é o comportamento esperado. Ordens que são apresentadas como críticas, como “Os meninos de sete anos não fazem isso!” ou “Porque é que não segues as instruções?”, ou “Nunca ouves nada” irão muito provavelmente gerar ressentimento e oposição em vez de levarem ao comportamento desejado.

As ordens negativas, que dizem qual o comportamento que se quer parar, mas não dizem o que se quer ver em alternativa, como “Para com isso”, ou “Para de correr” deixam ao critério da criança a decisão sobre o que fazer em vez disso. E as ordens formuladas como perguntas – “Queres escrever o teu nome no papel?” – confundem as crianças, porque não conseguem saber se lhes estão a dar uma ordem ou uma hipótese de escolha. Os educadores devem esforçar-se por dar ordens claras e específicas e por apresentar as instruções em termos positivos.

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